segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O fascínio da fotografia

     Sabia que a primeira fotografia alguma vez tirada remonta ao ano de 1826 e foi "artísticamente" concebida por um inventor Francês chamado Nicéphore Niépce?

     E sabia que a primeira fotografia a ser colorizada foi feita por um físico e matemático britânico chamado James Maxwell em 1861?


     As fotografias a preto e branco têm a particularidade de nos fazer levar a um momento tão longinquo quanto a própria existência do objecto modelo da objectiva. Têm a capacidade de eternizar um instante tão particular, exato e extinto que poderá anos mais tarde ser sentido e "vivido" por um outro ser humano. 

     Não há dúvida que o preto e branco enaltece e hiperboliza a nostalgia que sentimos de uma época, de um lugar...e principalmente de uma pessoa. Mas quantas vezes não caímos no desejo de poder vislumbrar as cores originais do papelinho que nos alimenta a vista?! Assim, e para que possamos alimentar esta colorização mental que tantas vezes fazemos ao ver uma fotografia "sem cor", um dos brutus, dos três sacanas sem lei, resolveu escolher algumas das que o mais fascinam:
Baltimore, 1939

Descanso de soldados 1863  

    Carolina do Norte, 1939

Ginásio do Titanic 1912

Hitler

Guerra Civil Americana
Charlie Chaplin

Abraham Lincoln


 Lewis Powell- conspirador do homicídio de Lincoln 
 Índio, 1910

Monge budista em protesto, 1963

Clint  Eastwood, 1960

Louis Armstrong a tocar para a sua mulher em 1961

Água exclusiva a negros
Nova Iorque, 1900

Prisioneiros resgatados na II grande guerra

 Grande depressão 1929-30

Grande depressão 1929-30

domingo, 8 de fevereiro de 2015

royksopp I sordid affair I maceo plex remix

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015, fashion tv. de súbito uma música, esta música, embelezou ainda mais a passerelle. não a consegui identificar. fiz pausa. não para atentar no voluptuoso busto da modelo que estava inerte no ecrã mas para descarregar a aplicação que sabe tudo sobre música: shazam. 6.99€. porra, é caro, mas naquele momento de excitação valeu qualquer um dos 699 cêntimos que custou! descobri a música, esta música. desde então, tem tocado ininterruptamente no meu spotify! a modelo, essa, nunca mais a vi!

royksopp I sordid affair I maceo plex remix

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Guerra e Paz - Lev Tolstoi


      Há uns anos, uma figura por quem tenho a maior admiração pelo seu conhecimento literário disse-me: "As obras que qualquer ser humano deve ler obrigatoriamente antes de morrer são, a Bíblia e o Guerra e Paz de Tolstoi."
          
     A filosofia antagónica destas duas obras encontra semelhanças naquilo que existe em cada um de nós...a solidariedade inerente e intrínseca ao homem.
          Das duas, decidi ler o Clássico Guerra e Paz, livro que agora considero obrigatório aos apaixonados das mais belas obras clássicas.
          
        O que mais me apaixonou ao longo dos cerca de 5 meses de leitura da obra, foi o facto de Tolstoi conseguir personificar através das várias famílias, as diversas marcas do carácter social que imperava na Rússia do Século XIX...a mesquinhez, o novo-riquismo, a coragem de um povo sofredor e ostracizado, a ociosidade das altas patentes militares e o paralelismo da felicidade da futilidade e a infelicidade da inteligência e solidariedade.
          
          As personagens mais marcantes e impressionantes na obra, são entre várias, Pierre (figura fictícia) e Mikhail Kutuzov (figura real, Marechal de Campo e herói Russo das guerras napoleónicas).
         
         Em Pierre encontrei inicialmente uma mente perdida e dominada pela luxúria e futilidade, mas que ao longo da obra, muito vagarosamente vai sofrendo uma metamorfose interior, fruto da guerra interior entre a existência do justo e do injusto.
          
      Kutuzov, figura proeminente e distinta da vitória dos Russos sobre as tropas Napoleónicas, inicialmente descredibilizado pelo povo Russo,passa a figurar como grande herói e salvador da "Mãezinha" (Pátria), ao decidir impôr a estratégia inovadora da então agora conhecida "terra queimada", possibilitando assim o enfraquecimento das tropas francesas antes da maior batalha da história da humanidade até então (Batalha de Borodino - O resultado da batalha foi sempre inconcluso, apesar das partes reivindicarem para si a vitória).


        
          Do livro fica a nostalgia de através das palavras de Lev Tolstoi, conseguir mentalmente visualizar os mais pequenos pormenores de cada página.
         
          Depois de ler este maravilhoso clássico, declinei a conclusão que me fez levar à leitura do Guerra e Paz, porque as obras que todo o ser humano deve ler antes de morrer, são o máximo de livros que possibilitem elevar o seu conhecimento enquanto homem.

 
 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A tragédia grega contada em números.

Foi sem surpresa que vimos pela comunicação social o anúncio de que o resultado das últimas eleições legislativas gregas seria o possível início de um colapso da União Europeia. Seria interessante ver hoje Ésquilo, Sófocles e Eurípetes a comentar a actualidade na ágora grega. O complexo do Syriza em relação à Troika faz avivar a tragédia do Rei Édipo, sendo que, certamente teremos animado conflito entre a vontade de alguns e os desígnios inelutáveis do destino.

Do ponto de vista financeiro, os últimos dias já se revelaram catastróficos: bolsa a cair, bancos a recorrerem a linhas de emergência. A questão que se coloca no futuro é se Alexis Tsipras será o "bom político" ou o verdadeiro rebelde outsider como ameaçou vir a ser aquando da campanha eleitoral.

É curioso que no país onde nasceu a democracia tenhamos hoje um governo de coligação entre extrema-esquerda e extrema-direita. Se Tsipras se revelar o "bom político" irá executar algumas medidas anti-austeridade mas num tom mais mansinho e com a Europa a caminhar ao lado. Se for radical avizinha-se uma tragédia financeira que subsidiariamente se arrastará aos confins do tecido social grego. 

Nos dois cenários penso que há um lado sempre positivo: a descredibilização da Alemanha enquanto 'dona de isto tudo'. Mesmo que Tsipras seja 'o bom político', a posição da Alemanha sai enfraquecida. É que a Alemanha domina a Europa por defeito e isso ainda fora recentemente notório no conflito diplomático com a Rússia. As críticas do Bundesbank à estratégia do BCE são apenas mais um fator notório do comando germânico. 

O espírito dominador da Alemanha é transversal a toda a história dos últimos 200 anos e talvez esta 'não rendição' grega contribua para chamar à colação essa realidade e reavivar o pesadelo alemão da II Guerra Mundial. É interessante virem os gregos falar no perdão da dívida alemã. Há 60 anos, 70 países decidiram perdoar quase dois terços da dívida externa alemã. O país duplicou o seu PIB na década seguinte.

A opção é delicada. Tsipras irá lançar o seu disco, mas será capaz de fazer estremecer o velho espírito europeu? A ver vamos. Senhoras e Senhores façam as vossas apostas, a olimpíada é de números. Por certo teremos Zorba a dançar ao som Wagner ou Demis Roussos (um dos grandes...) em covers dos Scorpions.

Imagem - Discóbolo de Mirón